O edifício da Igreja Matriz de Covas, não sendo de grande amplitude, consegue atingir a sua imponência devido à sua localização geográfica. Trata-se de uma obra do século XVII, com uma estrutura arquitectónica simples, em que se detecta a ausência de elementos decorativos.
É no interior desta Igreja que encontramos a sua vivacidade, quando nos deparamos com o retábulo do altar-mor. Salientando-se as colunas torsas e paralelas em ambas as partes laterais, e a arcada quase plana. É um verdadeiro exemplar de talha barroca, em estilo nacional, da primeira fase.
Esta obra encontra-se documentada em Julho de 1696, altura em que se celebrou o contrato entre o entalhador, Pedro Coelho, e o cliente, Confraria do Santíssimo de S. João de Covas. O pároco da freguesia, P.e João de Almeida, financiou a obra em 100 000 réis (custo total do entalhamento).
A escritura, do referido documento, também refere alguns dos elementos estipulados para o retábulo, como seja a inclusão das imagens de S. João Evangelista e S. João Baptista, no soco das colunas do meio, com os respectivos atributos característicos. Pedro Coelho, residente em Guimarães, assume o seu trabalho de entalhamento, com discriminação das tarefas, responsabilizando-se pela conclusão do retábulo, no ano seguinte, em 1697.
O douramento do retábulo terá sido efectuado antes de 24 de Outubro de 1700 e terá sido executado pelo mestre-pintor João de Sousa.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
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